Até na Globo Moraes é encurralado: “Ele precisa saber que não é um comentarista”

O clima de hostilidade e tensão que permeia o Brasil atualmente parece estar crescendo a cada dia, e, gradualmente, a mídia tradicional começa a reconhecer a gravidade da situação.

Recentemente, a Folha de S. Paulo, através do jornalista Glenn Greenwald, divulgou uma série de matérias que trouxeram à tona algumas ações controversas do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Greenwald revelou, em suas reportagens, que possuía 6 gigabytes de material relacionado ao gabinete do ministro. No entanto, de forma curiosa, a publicação das informações foi interrompida, o que gerou ainda mais especulações sobre os bastidores dessa história.

Além disso, no último sábado (16), o Estadão publicou um editorial contundente, criticando duramente a postura de Moraes. O jornal classificou suas ações como um “atentado contra o STF” e acusou o ministro de se comportar como um “juiz universal da democracia”, que se antecipa aos fatos que ele próprio deveria julgar, em uma atitude de descontrole diante das câmeras.

Esse crescente desconforto com a figura de Moraes também foi ecoado pela Rede Globo, que, até recentemente, vinha adotando uma postura mais cautelosa. A emissora não hesitou em destacar o comportamento questionável do ministro, com o jornalista Demétrio Magnoli indo além e afirmando, de forma contundente, que “ele não é comentarista”, deslegitimando a postura de Moraes como um árbitro imparcial no cenário político brasileiro.

O que antes parecia ser uma linha editorial mais amena, agora se mostra mais crítica à atuação de Moraes, com uma parcela significativa da mídia se perguntando até onde vai a sua influência e os limites da sua atuação dentro e fora do STF.

A tensão no país segue em alta, e a postura do ministro, que tem se mostrado cada vez mais questionada, é agora um dos principais focos de discussão entre jornalistas e analistas políticos. O desenrolar dessa história promete continuar a alimentar o debate sobre o futuro do sistema judiciário brasileiro e a relação entre os poderes.

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Bruno Rigacci

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