“Tonto”, governo não consegue achar fórmula para cortar gastos
A equipe econômica do governo federal, liderada pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, está enfrentando dificuldades para definir e anunciar cortes no Orçamento da União. Após intensas reuniões e pelo menos dois adiamentos, ainda não foram divulgadas as medidas concretas para o corte de despesas, mesmo com a pressão do mercado para que o governo atue na revisão dos gastos e mantenha o equilíbrio fiscal.
Apesar de Haddad ter manifestado frustração com os entraves, a equipe ainda busca uma solução para preservar o arcabouço fiscal, a nova estrutura que regula as contas públicas. O plano inicial era que as medidas de contenção fossem apresentadas após as eleições municipais de 2024. Entretanto, a agenda do governo está ocupada por outras prioridades: nesta semana, o feriado do dia 15 de novembro e, na próxima, o foco se voltará para a agenda internacional com o encontro do G20 no Rio de Janeiro.
O cenário se complica com a resistência de alguns ministros que ameaçam deixar seus cargos caso suas pastas sofram cortes significativos. Essa divergência interna tem dificultado o andamento das decisões e aumentado as tensões entre ministérios, enquanto o governo tenta conciliar os interesses de diferentes setores.