Trump já sabe de tudo…
Dias antes das eleições nos Estados Unidos, o presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, criticou a possível reeleição de Donald Trump, associando-a a um retorno do “fascismo e nazismo com outra cara”. Em uma entrevista internacional, Lula declarou apoio a Kamala Harris, vice-presidente dos EUA e candidata democrata, referindo-se a ela como uma “amante da democracia”.
Lula relembrou o episódio de 6 de janeiro de 2021, quando manifestantes invadiram o Capitólio durante o encerramento do mandato de Trump, chamando a situação de um “ataque impensável” à democracia americana, que sempre foi vista como um modelo para o mundo. Ele criticou o “ódio e as mentiras destiladas diariamente”, relacionando essa postura ao ressurgimento de tendências autoritárias. Em suas palavras:
“É o fascismo e o nazismo voltando a funcionar com outra cara. Como sou amante da democracia, acho a coisa mais sagrada que nós humanos conseguimos construir para bem governar o nosso país, obviamente estou torcendo para Kamala ganhar as eleições.”
As declarações de Lula foram mal recebidas pela equipe de Trump, que tomou conhecimento das críticas por meio de políticos da oposição no Brasil. Essas trocas de farpas podem intensificar a tensão entre as duas lideranças caso Trump mantenha sua linha de ação com a América Latina, acentuando a disputa de influência ideológica na região.
Internamente, as eleições de 2024 têm imposto desafios ao PT e a Lula, que enfrenta uma crescente resistência de eleitores descontentes e críticas constantes. Para o governo brasileiro, os próximos meses podem demandar um equilíbrio entre a diplomacia e a gestão de uma base cada vez mais exigente em busca de estabilidade política.