Déficit primário do governo chega a R$ 105,2 bilhões até setembro e ameaça meta fiscal
O governo federal registrou um déficit primário de R$ 105,2 bilhões entre janeiro e setembro de 2024, um aumento de 11,6% em comparação ao mesmo período de 2023, quando o déficit foi de R$ 94,3 bilhões. Os dados foram divulgados pelo Tesouro Nacional, que, devido à greve dos servidores, disponibilizou apenas um resumo executivo.
Esse resultado aprofunda o desafio do governo de atingir a meta fiscal de déficit zero em 2024. Com uma margem de tolerância limitada a 0,25% do PIB (equivalente a R$ 28,8 bilhões), o cenário indica que ajustes significativos em receitas e despesas serão necessários para reverter a situação.
Detalhamento do Déficit por Órgão
- Tesouro Nacional e Banco Central: superávit de R$ 160,6 bilhões.
- Previdência Social: déficit de R$ 265,8 bilhões.
No mês de setembro, houve um déficit de R$ 5,3 bilhões, em contraste com o superávit de R$ 11,6 bilhões no mesmo mês de 2023. Mesmo com o superávit de R$ 20,9 bilhões no Tesouro e Banco Central, o déficit de R$ 26,2 bilhões na Previdência pressionou o saldo total.
Impacto nas Contas Públicas
A situação fiscal é pressionada por uma queda de R$ 15,1 bilhões na receita líquida e um aumento de 1,4% nas despesas totais em relação ao ano anterior, acentuando o risco de não cumprimento da meta fiscal e tornando cada vez mais urgentes medidas de ajuste nas contas.