Pix por aproximação estreia no Brasil; entenda como funciona e quem poderá usar
A funcionalidade foi desenvolvida pelo Banco Central, com base em uma pesquisa que identificou que cerca de 30% dos usuários menos adeptos ao Pix não utilizavam o sistema por conta da necessidade de acessar o aplicativo, digitar um código ou ler um QR Code. Esses usuários preferiam o pagamento por cartão com aproximação, seja físico ou via celular, por ser mais rápido e direto.
O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, explicou que o pagamento será feito por NFC (Near Field Communication, ou Comunicação por Campo de Proximidade), uma tecnologia que permite a interação de dispositivos por aproximação. “É aberto para todo mundo, para todos que quiserem ter uma carteira digital”, afirmou, destacando que a nova funcionalidade é um dos primeiros passos para a oferta do Pix por aproximação, com outro modelo ainda a ser implementado, no qual o receptor solicita o pagamento, ideal para situações offline.
Essa inovação do Google, em parceria com C6, PicPay e Itaú, antecipa a oferta obrigatória do Pix por aproximação, que deverá ser disponibilizada por todos os agentes de mercado até fevereiro do ano que vem.
Como funciona o pagamento via Pix por aproximação
Durante o evento de lançamento, foi demonstrado como o pagamento funciona na prática:
- O recebedor utiliza a maquininha de cartão, digita o valor e seleciona a opção de pagamento via Pix, como é feito atualmente com o QR Code.
- O pagador então aproxima o celular da maquininha, e as informações da transação aparecem na tela do dispositivo. Para concluir o pagamento, basta o usuário autenticar a transação com a biometria no celular.
Para começar a usar a funcionalidade, o usuário deve cadastrar sua conta bancária no Google Wallet e validar o cadastro no aplicativo do banco. O processo de cadastro é simples:
- Abrir o app Carteira do Google.
- Tocar em “Adicionar à carteira” na parte inferior.
- Selecionar “Cartão de pagamento” e, em seguida, escolher a opção para adicionar um novo cartão de crédito ou débito.
- Utilizar a câmera ou inserir os detalhes manualmente.
- Concluir o processo tocando em “Salvar e continuar” e aceitando os termos do emissor.
Outras novidades no Pix
O evento também anunciou que o Google está simplificando os pagamentos via Pix no Google Pay em outros contextos. Agora, por exemplo, um usuário pode, através de aplicativos como o Zona Azul, selecionar a opção de pagamento via Pix e escolher a conta desejada para efetuar o pagamento. O mesmo se aplica ao navegador Google Chrome, onde agora é possível clicar em “Pagar com GPay” e, em seguida, escolher a conta para efetuar o pagamento diretamente no site.
Foco em segurança
O presidente do Banco Central também aproveitou para comentar sobre os esforços contínuos para combater fraudes no sistema de pagamentos. Ele enfatizou que, embora o Pix seja seguro, o problema das fraudes está relacionado com as contas receptoras. “Se algo foi feito usando o Pix, é necessário transferir, e geralmente a conta receptora não pertence ao criminoso”, afirmou. O Banco Central trabalha para endurecer os critérios para abertura de contas, com o objetivo de reduzir a utilização de contas laranja ou fantasmas.
Além disso, o Google anunciou novas camadas de segurança para dispositivos Android, incluindo uma inteligência artificial que bloqueia automaticamente o aparelho caso seja roubado, dificultando o uso indevido de dados pessoais.
Com todas essas inovações, o Pix por aproximação promete se tornar uma das formas mais rápidas e seguras de pagamento, e a implementação dessas melhorias na segurança é um passo importante para garantir a confiança dos usuários no sistema.