A estranha “carona” que Toffoli pegou em Roma

O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), esteve recentemente no centro de uma polêmica após retornar de um evento em Roma utilizando o jatinho particular do empresário Luiz Osvaldo Pastore. O evento, promovido pelo grupo Esfera Brasil, ocorreu nos dias 11 e 12 de outubro e teve entre seus patrocinadores a JBS, de propriedade dos irmãos Wesley e Joesley Batista.

Detalhes da Viagem e Justificativas

Segundo Toffoli, sua participação no evento foi voluntária, sem remuneração, e os custos de passagem e hospedagem foram integralmente arcados pelos organizadores. Ele enfatizou que não houve uso de recursos públicos e que não há conflito de interesses, pois não julga processos relacionados a Pastore no STF.

Sobre Luiz Osvaldo Pastore

Pastore, que possui um patrimônio declarado de R$ 453,5 milhões, é um empresário no ramo de importação de cobre e alumínio. Além disso, tem uma trajetória política, tendo disputado o Senado em 2022 como suplente e, anteriormente, tentado uma vaga no Senado italiano pelo partido de extrema-direita Liga Norte, de Matteo Salvini.

Participação no Fórum Internacional

O II Fórum Internacional reuniu autoridades de renome, como o ministro da Justiça Ricardo Lewandowski e o ministro do Interior da Itália Matteo Piantedosi. Além da JBS, o evento contou com patrocínios de diversas empresas, incluindo Ambipar, Cedro Mineração, OncoClínicaCO, TotalPass, e Banco Master.

Viagem de Outras Autoridades

Destaca-se também que o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, e Davi Alcolumbre utilizaram um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) para se deslocarem até Roma, o que também gerou questionamentos sobre o uso de recursos públicos para viagens oficiais de autoridades.

Repercussão

A utilização do jatinho privado por Toffoli levanta discussões sobre a proximidade entre magistrados e empresários, especialmente em eventos que envolvem grandes empresas como a JBS. Apesar de sua justificativa sobre a ausência de conflitos de interesse, a situação expõe um debate recorrente sobre a ética e a transparência nas relações entre o Judiciário e o setor privado.

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Bruno Rigacci

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