A condenação de Collor teve como base a Operação Lava Jato, que revelou um esquema de corrupção envolvendo a BR Distribuidora. Em maio de 2022, ele foi sentenciado por receber vantagens indevidas, que, segundo as investigações, foram intermediadas pelo operador Pedro Paulo Bergamaschi de Leoni Ramos, condenado a quatro anos e um mês, e pelo diretor da Organização Arnon de Mello, Luis Amorim, condenado a três anos e dez dias. Todos os acusados negam participação no esquema.
Durante o julgamento, o ministro Alexandre de Moraes se posicionou contra a redução da pena e afirmou que os embargos da defesa demonstram “mero inconformismo”. Edson Fachin também se manifestou a favor de manter a pena integral. No entanto, o ministro Dias Toffoli defendeu a redução de seis meses na sentença, como uma tentativa de estabelecer uma média dos votos dos ministros, oferecendo uma possível concessão sem anular a condenação.
A decisão final depende dos votos que restam, principalmente o de Gilmar Mendes. A Procuradoria-Geral da República (PGR) posicionou-se contra os embargos e pediu que a condenação seja mantida. O desfecho desse julgamento pode ser decisivo para o futuro jurídico de Collor e também para os precedentes do STF em casos de revisão de sentenças de corrupção envolvendo políticos de alta relevância.