Ives Gandra destacou que as omissões do GSI foram apontadas desde o início, mas que o Supremo Tribunal Federal, através do ministro Alexandre de Moraes, focou em responsabilizar manifestantes, muitos deles que nem sequer estavam próximos à Praça dos Três Poderes, e ordenou prisões preventivas e coletivas. Gandra também menciona que a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) sobre os ataques foi dominada por parlamentares alinhados ao governo, o que teria direcionado a narrativa pública e protegido autoridades do governo Lula.
O jurista comparou as ações do GSI em Brasília com a atuação da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, que, ao receber as mesmas informações, reforçou a segurança, evitando incidentes graves. Em Brasília, porém, além da ausência de reforço, houve uma redução dos agentes de segurança destinados à proteção dos prédios públicos.
Ives Gandra questiona a resposta do STF a esse novo relatório da Polícia Federal, uma vez que o GSI não foi alvo de medidas cautelares, ao contrário de figuras ligadas ao governo do Distrito Federal, como o ex-secretário de Segurança Anderson Torres e o ex-governador Ibaneis Rocha. Para Gandra, há uma disparidade de tratamento entre os envolvidos, especialmente considerando que as evidências agora indicam uma falha primária do GSI.
O jurista concluiu ao questionar: “Como será, agora, a atuação do Supremo Tribunal Federal frente a este relatório?”