O editorial, intitulado “Masoquismo Diplomático”, argumenta que a ditadura venezuelana nunca demonstrou preocupação com o Brasil, exceto quando havia interesses envolvidos. O jornal menciona o recente gesto do governo venezuelano de convocar seu embaixador em Brasília e questiona por que o Brasil não tomou uma ação semelhante em relação ao seu representante em Caracas. “O mínimo que o governo brasileiro deveria fazer seria convocar seu embaixador em Caracas, em gesto de reciprocidade, mas reina o silêncio diante das agressões de Maduro”, diz o Estadão.
Além disso, o jornal observou que Lula condicionou um encontro com o presidente argentino Javier Milei a um pedido de desculpas deste, por tê-lo chamado de “corrupto”, enquanto se mantém indiferente às ofensas de Maduro. O editorial também recorda que, mesmo diante de evidências de fraudes na eleição venezuelana, Lula declarou não ter visto “nada de anormal” no processo eleitoral, que foi celebrado pelo PT como uma “jornada pacífica e democrática”.
Por fim, o texto critica a postura do PT, que, segundo o editorial, acusou “forças de extrema direita” de atacarem os resultados das eleições venezuelanas, mesmo quando as irregularidades eram amplamente reconhecidas.