Magistrados afastados descumprem ordem judicial e fogem da tornozeleira eletrônica (veja o vídeo)
O afastamento dos juízes investigados está gerando polêmica, pois eles estão proibidos de frequentar órgãos públicos e de se comunicar com outros investigados. É contraditório que aqueles que deveriam garantir o cumprimento da lei evitem se submeter às mesmas medidas aplicadas a qualquer cidadão comum.
Esse afastamento faz parte de uma investigação mais ampla, conhecida como Operação Mineração de Ouro, iniciada em 2021. A operação teve como foco inicial conselheiros do Tribunal de Contas do Mato Grosso do Sul, acusados de fraudes em licitações e desvio de recursos públicos. À medida que a investigação avançou, um esquema complexo envolvendo empresários, advogados, servidores públicos e até familiares dos magistrados afastados foi revelado.
Mensagens obtidas pela imprensa mostram como os envolvidos disfarçavam a negociação de propinas com códigos. Em uma conversa, o advogado Félix Jaime pediu ao empresário Paulo Fenner que realizasse um pagamento ao desembargador Marcos Brito, apelidado de “Gordo”. Para disfarçar, Jaime se referiu à propina como “R$ 1.500 por vaca”, totalizando R$ 15 mil para o “Gordo”.
Dada a gravidade das acusações, o processo foi transferido para o Supremo Tribunal Federal (STF), que terá como relator o ministro Cristiano Zanin.
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