A inevitável queda de braço entre Lula e os novos prefeitos eleitos
A política nacional deve passar por mudanças significativas a partir de agora. Após a derrota nas eleições municipais, o governo Lula deve buscar uma agenda mais centralizadora e menos favorável aos municípios. A tendência é que Lula concentre recursos e poder na União, o que significa que prefeitos terão que “mendigar” em Brasília para conseguir verbas, dependendo de deputados que tenham emendas disponíveis.
Esse cenário resultará em uma dinâmica de poder onde os deputados alinhados com o governo receberão mais emendas e, consequentemente, terão mais influência sobre os prefeitos. A disputa se tornará uma queda de braço entre a União e os municípios, o que pode impactar negativamente a popularidade de Lula, caso a oposição consiga explorar essa situação.
Além disso, com um olhar voltado para 2026, é provável que alguns parlamentares comecem a se distanciar do governo. Políticos do centrão, em especial, podem optar por não se aliar a uma administração que enfrenta dificuldades. É possível que figuras como Kassab e o União Brasil decidam se afastar.
Nos últimos dois anos do governo, Lula enfrentará mais desafios do que nos primeiros. As consequências desse rearranjo político já podem ser vistas nas eleições para a presidência da Câmara e do Senado. Se a oposição adotar uma estratégia eficaz, evitando extremismos, poderá ganhar vantagem nesse cenário.
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