Maguila sofria de Encefalopatia Traumática Crônica (ETC), também conhecida como demência pugilística, uma condição degenerativa incurável causada pelos golpes repetidos na cabeça que ele recebeu ao longo de sua carreira no boxe. Ele foi diagnosticado com a doença antes de completar 50 anos, mas inicialmente foi tratado de forma errada para Alzheimer. Apenas em 2015, com o acompanhamento do neurologista Renato Anghinah, foi identificada a ETC como resultado de sua carreira no boxe.
Com uma carreira de sucesso que se estendeu de 1983 a 2000, Maguila se tornou um dos maiores nomes do boxe brasileiro, com 85 lutas profissionais. Ele obteve 77 vitórias, sendo 61 por nocaute, além de sete derrotas e um empate técnico. Sua luta mais famosa foi contra o lendário boxeador George Foreman, na qual Maguila foi nocauteado pelo americano.
Em 2022, durante uma entrevista, Maguila expressou gratidão ao povo brasileiro que acompanhou sua carreira, ainda que já estivesse em cuidados paliativos devido ao avanço da doença. Mesmo diante das dificuldades impostas pela ETC, ele manteve uma atitude otimista, declarando: “Estou bem, só não posso mais lutar, mas estou bem.”
Maguila deixa um legado no esporte brasileiro e será lembrado por sua trajetória e luta dentro e fora dos ringues.