Estadão chama de caixa-preta o gasto em publicidade do governo

O editorial do jornal Estadão, publicado nesta terça-feira (22), lança luz sobre os crescentes gastos com publicidade do governo federal, criticando a falta de transparência e controle sobre essas despesas. A situação foi descrita como uma “caixa preta”, especialmente considerando que os gastos atingiram seu pico em 2023, o primeiro ano do novo mandato de Luiz Inácio Lula da Silva, quando quase R$ 380 milhões foram destinados a ações de marketing do governo.

O Estadão reconhece a importância de campanhas de utilidade pública, mas aponta que, sob a gestão atual, parece haver um uso excessivo de peças publicitárias para “combater narrativas”. O Tribunal de Contas da União (TCU) entrou em cena ao determinar que a Secretaria de Comunicação Social da Presidência (Secom) apresente detalhes sobre os gastos, abrangendo não apenas o governo de Lula, mas também os de Michel Temer e Jair Bolsonaro.

Um dos problemas destacados é a ausência de indicadores claros para mensurar os resultados das campanhas, o que, segundo o jornal, cria espaço para gastos desenfreados e potencial abuso de recursos públicos. O Estadão também relembra a revogação de uma licitação de quase R$ 200 milhões para comunicação digital do governo Lula após o TCU apontar indícios de irregularidades.

No editorial, há uma crítica sobre a dependência do governo em utilizar o marketing para mascarar deficiências na gestão, ao invés de focar em soluções efetivas. A falta de critérios claros e transparência nas campanhas de publicidade não só levanta dúvidas sobre o uso dos recursos, mas também permite que agências de publicidade aumentem seus lucros de forma desproporcional, prejudicando o erário público.

A análise do Estadão evidencia a necessidade de maior supervisão e clareza em como o governo federal lida com os gastos em publicidade, especialmente em tempos de restrições orçamentárias e pressão social por transparência e eficiência no uso dos recursos públicos.

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Bruno Rigacci

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