Vaza informação da PF sobre o maior “algoz” de Moraes
O jornalista Oswaldo Eustáquio, que está na Espanha há um ano e meio sob o status de exilado político, voltou a ser alvo de uma decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. Moraes solicitou sua extradição, o que provocou uma resposta enérgica de Eustáquio, que classificou a decisão como injusta, arbitrária e persecutória. O jornalista afirmou que, desde sua prisão preventiva em 2020, nada foi comprovado contra ele, e destacou que a medida pode gerar constrangimento internacional para o Brasil, uma vez que ele tem proteção como exilado na Espanha.
Em relação ao processo em andamento, a Polícia Federal indicou, conforme vazamentos reportados pela CNN, que está próxima de concluir um inquérito com o possível indiciamento de Oswaldo Eustáquio. Embora o jornalista não tenha sido indiciado até o momento, o pedido de extradição foi feito com base nas investigações em curso.
O caso ganhou ainda mais repercussão devido às medidas que afetaram diretamente a filha de Eustáquio, Mariana, de 16 anos. A adolescente foi alvo de uma operação da Polícia Federal, que resultou na suspensão de suas redes sociais e em uma medida de busca e apreensão em sua residência. Eustáquio criticou duramente a situação, afirmando que as ações contra sua filha são uma evidência de abuso de poder e um exemplo de uma possível motivação pessoal por parte de Alexandre de Moraes.
A gravidade das acusações e das medidas tomadas contra o jornalista e sua família levanta questões sobre o equilíbrio entre o exercício do poder judiciário e os direitos individuais, reacendendo debates sobre limites de atuação do STF e seus ministros. Para muitos críticos, esse episódio pode ser visto como um exemplo de uso excessivo da autoridade, levando a pedidos, inclusive, de impeachment de Moraes.