De acordo com os ministros, o fato de a PEC ter nascido no Senado, e não no Judiciário, torna a proposta “temerária” e possivelmente inconstitucional. Essa situação foi destacada por veículos como o Metrópoles, que indicam que esse conflito pode gerar uma nova crise entre o Legislativo e o Judiciário, caso a proposta avance. A tensão entre os dois poderes se dá em um momento sensível da política nacional, e os ministros do STF admitem que podem declarar a PEC inconstitucional.
Entre as reações a essa situação, o deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) fez uma crítica contundente, afirmando que “tem besta ainda que acredita que isso aqui é democracia”, sugerindo que o comportamento dos ministros do STF reflete uma atitude de intimidação inaceitável contra o Legislativo.
Esse cenário expõe um delicado equilíbrio entre os poderes, onde a prerrogativa de quem pode propor mudanças às regras do Judiciário se tornou um ponto de embate. A discussão sobre a constitucionalidade dessa PEC poderá ser um teste crucial para a relação entre o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal. A tentativa do Legislativo de interferir nas regras internas do Judiciário, sem sua iniciativa, é vista pelos ministros como uma invasão da independência do poder, enquanto parlamentares enxergam a reação como uma afronta à soberania popular expressa no Parlamento.