Ex-apresentador do JN processa empresa por entrevista falsa e propaganda enganosa
O ex-apresentador do Jornal Nacional, Sérgio Chapelin, moveu uma ação judicial contra a empresa Bio High, acusada de utilizar sua imagem de forma indevida em uma propaganda enganosa relacionada a produtos para tratamento de disfunção erétil. A ação foi protocolada na 31ª Vara Cível do Rio de Janeiro e envolve a promoção dos produtos “Eretrol” e “Maxpower”, que foram divulgados por meio de uma falsa entrevista com Chapelin, que jamais deu tal depoimento.
A publicidade fraudulenta também usava os logotipos de grandes veículos de comunicação, como Globo, Uol, Veja e RedeTV!, o que ajudou a conferir legitimidade ao conteúdo enganoso. Além disso, o site que promovia os produtos redirecionava os usuários para uma página que simulava ser do portal G1, mas que, ao ser acessada, levava os internautas a uma imagem de Kid Bengala, ator conhecido na indústria de filmes adultos, o que tornou a situação ainda mais vexatória para o ex-apresentador.
Alertado por amigos e fãs, Chapelin decidiu tomar medidas legais para proteger sua reputação, não apenas pedindo indenização de R$ 40 mil pelos danos morais, mas também envolvendo o Ministério Público do Rio de Janeiro para que fossem tomadas medidas criminais contra os responsáveis.
Sérgio Chapelin, conhecido por sua postura discreta, expressou profunda indignação, ressaltando que o uso indevido de sua imagem fere diretamente sua honra e dignidade, conquistadas ao longo de décadas de carreira no jornalismo. Ele destacou que esse tipo de fraude não só prejudica figuras públicas, mas também engana o público e compromete a confiança nas informações divulgadas na internet.
O caso de Chapelin é mais um exemplo dos desafios enfrentados por figuras públicas em proteger suas identidades contra campanhas fraudulentas no ambiente digital. A ação, além de visar compensação pelos danos, pode servir como alerta e modelo para outras vítimas de práticas semelhantes, reforçando a necessidade de ética e respeito no uso da imagem pública. A Justiça ainda deve decidir sobre as medidas a serem adotadas contra a empresa envolvida.