E a picanha? Preço das carnes sofre maior alta desde 2020

A promessa de “picanha no prato” feita pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) parece estar cada vez mais distante para os brasileiros. De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgados na terça-feira (8), o preço das carnes subiu, em média, 2,97% em setembro de 2023. Esse aumento representa a maior alta em um único mês desde dezembro de 2020, quando o valor da carne teve um aumento de 3,58%.

O contra-filé foi o corte que mais encareceu, com um aumento de 3,79% entre agosto e setembro. Outros cortes de destaque que registraram altas foram a carne de porco (3,67%), o patinho (3,15%) e a costela (3,1%). Já a picanha, carro-chefe da promessa de Lula, teve um aumento mais moderado, de 0,12%, mas ainda assim ficou mais cara.

Do lado positivo, apenas dois tipos de carne apresentaram queda nos preços em setembro. A carne de carneiro liderou a redução, com uma baixa de 4,41%, e a capa de filé ficou 0,59% mais barata.

Especialistas atribuem esse aumento de preços a vários fatores. André Almeida, gerente do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) do IBGE, destacou que o aumento do número de abates de gado no primeiro semestre contribuiu para o encarecimento. Além disso, o economista-chefe da G5 Partners, Luis Otavio Leal, apontou que as queimadas e a seca intensa desempenharam um papel importante na elevação dos preços, e sugeriu que essa tendência de alta pode se intensificar nos próximos meses, com o aumento no atacado já atingindo 6%.

Esses aumentos nos preços da carne têm um impacto direto no bolso dos brasileiros, especialmente em um cenário de inflação e dificuldades econômicas. Com o custo da proteína subindo, muitos consumidores acabam tendo que repensar seus hábitos de compra e consumo.

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Bruno Rigacci

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