De maneira incompreensível, pela 3ª vez, Moraes nega soltura a mãe que escreveu “Perdeu, Mané” em estátua

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou pela terceira vez o pedido de soltura de Débora Rodrigues dos Santos, uma cabeleireira acusada de vandalizar a estátua “A Justiça” em Brasília durante os eventos de 8 de janeiro de 2023. Débora foi presa cerca de dois meses após os atos, que envolveram a invasão e depredação de prédios públicos por manifestantes.

A frase “Perdeu, Mané”, que Débora pichou na estátua, é uma referência a uma declaração do ministro Luís Roberto Barroso e se tornou um símbolo de provocação política. Moraes argumentou que a conduta de Débora demonstra “periculosidade social” e reflete uma tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito. Ele enfatizou a necessidade de manter a prisão para garantir a ordem pública e a estabilidade das instituições democráticas.

Em agosto, o STF aceitou a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra Débora, que enfrenta acusações graves, como associação criminosa e tentativa de golpe de Estado. A defesa de Débora argumenta que a prisão é desproporcional, considerando sua ausência de antecedentes criminais e a natureza do ato de vandalismo, que, segundo eles, não causou danos irreversíveis.

Para Moraes, no entanto, o ato vai além de vandalismo, representando um desrespeito às instituições democráticas. O caso gerou debates acalorados nas redes sociais, com alguns vendo a manutenção da prisão como um excesso do Judiciário, enquanto outros defendem a responsabilização exemplar dos envolvidos nos atos de 8 de janeiro.

Enquanto o processo continua, a defesa de Débora planeja recorrer da prisão preventiva, mas enfrenta resistência no STF. O caso ilustra a polarização do cenário político e judicial no Brasil, evidenciando as tensões entre liberdade de expressão e a proteção das instituições democráticas. O desdobramento desse caso será monitorado de perto pela sociedade e especialistas, refletindo o clima atual no país.

Compartilhe nas redes sociais

Bruno Rigacci

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Este site usa cookies para garantir que você tenha a melhor experiência em nosso site! ACEPTAR
Aviso de cookies