A frase “Perdeu, Mané”, que Débora pichou na estátua, é uma referência a uma declaração do ministro Luís Roberto Barroso e se tornou um símbolo de provocação política. Moraes argumentou que a conduta de Débora demonstra “periculosidade social” e reflete uma tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito. Ele enfatizou a necessidade de manter a prisão para garantir a ordem pública e a estabilidade das instituições democráticas.
Em agosto, o STF aceitou a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra Débora, que enfrenta acusações graves, como associação criminosa e tentativa de golpe de Estado. A defesa de Débora argumenta que a prisão é desproporcional, considerando sua ausência de antecedentes criminais e a natureza do ato de vandalismo, que, segundo eles, não causou danos irreversíveis.
Para Moraes, no entanto, o ato vai além de vandalismo, representando um desrespeito às instituições democráticas. O caso gerou debates acalorados nas redes sociais, com alguns vendo a manutenção da prisão como um excesso do Judiciário, enquanto outros defendem a responsabilização exemplar dos envolvidos nos atos de 8 de janeiro.
Enquanto o processo continua, a defesa de Débora planeja recorrer da prisão preventiva, mas enfrenta resistência no STF. O caso ilustra a polarização do cenário político e judicial no Brasil, evidenciando as tensões entre liberdade de expressão e a proteção das instituições democráticas. O desdobramento desse caso será monitorado de perto pela sociedade e especialistas, refletindo o clima atual no país.