Cometa que pode ser visto do Brasil só passa a cada 80 mil anos

O cometa C/2023 A3, popularmente conhecido como o “Cometa do Século”, atingiu seu ponto mais próximo do Sol nesta sexta-feira, 27 de setembro, e será visível no céu brasileiro nos próximos dias. Descoberto no início de 2023 por observatórios na China e no Havaí, o cometa foi oficialmente nomeado Tsuchinshan-ATLAS e sua trajetória despertou grande interesse da comunidade astronômica.

Este cometa tem origem na nuvem de Öpik-Oort, uma região do espaço distante e repleta de bilhões de planetesimais, objetos que se formaram no início do Sistema Solar. O núcleo do C/2023 A3, com apenas 2 km de diâmetro, é relativamente pequeno em comparação com outros cometas, mas sua composição — uma mistura de gelo, poeira, metano e amônia — faz com que ele seja extremamente brilhante à medida que reflete a luz solar.

A chance de observar o C/2023 A3 é especial, já que ele passa pela região interna do Sistema Solar apenas a cada 80 mil anos. Em outubro de 2024, o cometa atingirá seu brilho máximo, com uma magnitude estimada entre -2,0 e -3,0, tornando-se um dos objetos mais luminosos no céu noturno. O brilho intenso do cometa é resultado da interação entre o vento solar e os gases que evaporam do seu núcleo, criando a cauda icônica que pode ser vista da Terra.

Fotógrafos e astrônomos já conseguiram capturar imagens impressionantes do cometa a partir de observatórios nos EUA e no Deserto do Atacama, no Chile. A expectativa é que o C/2023 A3 ofereça uma das melhores oportunidades de observação de um cometa em décadas, reforçando o título de “Cometa do Século”.

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Bruno Rigacci

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