Kelson Lima foi inicialmente preso em janeiro de 2023 e permaneceu detido por dois meses. Em março, passou a utilizar tornozeleira eletrônica e a se apresentar semanalmente à Justiça, sendo acusado de associação criminosa e incitação ao crime. Moraes havia autorizado, em agosto de 2023, a mudança de Lima para Massapê (CE), onde ele estava sendo monitorado.
Entretanto, em junho, Moraes cobrou informações do estado de São Paulo, ao invés do Ceará, sobre o monitoramento de Lima. A falta de dados corretos fez com que Moraes decretasse uma nova prisão, acreditando que Lima estava desrespeitando o Judiciário. No entanto, a defesa argumentou que Lima estava cumprindo todas as exigências em Massapê, e a PGR confirmou o erro no processo.
Com base nessas informações, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, pediu a soltura de Lima, o que foi acatado por Moraes. Lima, que possui transtornos psiquiátricos, havia frequentado o acampamento em frente ao Quartel-General do Exército em Brasília em busca de comida e abrigo, de acordo com sua advogada.