Esse cenário crítico é causado pela chegada de uma frente fria, associada a uma área de baixa pressão na Argentina, que deve avançar pelo estado. As regiões mais afetadas, segundo a Defesa Civil, incluem a Campanha, Sul, Litoral Sul e Costa Doce. Nessas áreas, os acumulados de chuva e a intensidade dos ventos, que podem chegar a até 80 km/h, são motivo de grande preocupação.
Além das precipitações intensas, as tempestades poderão ser acompanhadas de descargas elétricas e granizo, agravando ainda mais os riscos. A Defesa Civil emitiu um alerta para essas áreas, que podem enfrentar inundações em diferentes graus, dependendo da intensidade das chuvas.
Áreas mais vulneráveis e riscos de inundação
A preocupação maior está nas bacias hidrográficas da metade sul do estado, que incluem os rios Butuí-Icamaquã, Ibicuí, Quaraí, Santa Maria, Negro, Vacacaí-Vacacaí Mirim, Baixo Jacuí, Camaquã, Mirim-São Gonçalo e Litoral Médio. Essas regiões estão sob risco de inundação severa, com possibilidade de transbordamento dos rios e alagamentos em áreas urbanas e rurais.
Os danos causados pelas chuvas e inundações neste ano são um triste lembrete dos efeitos devastadores que o clima extremo pode ter sobre o estado. No período de abril a maio de 2023, mais de 150 pessoas perderam a vida em enchentes, e cerca de 2 milhões de pessoas foram afetadas direta ou indiretamente pelas inundações.
Impacto social e infraestrutura
Além das mortes e do grande número de desalojados e desabrigados, a infraestrutura do estado sofreu sérios danos. Mais de 90 trechos de rodovias, incluindo estradas, pontes e balsas, ficaram totalmente ou parcialmente bloqueados, e mais de 500 escolas foram danificadas, afetando milhares de alunos.
A Defesa Civil já está em alerta para evitar novos desastres de grandes proporções, como o ocorrido no início deste ano. Populações em áreas de risco são aconselhadas a ficarem atentas aos comunicados e a seguir as orientações das autoridades.
Essa previsão de chuvas e tempestades reforça a necessidade de ações preventivas e de maior atenção às condições climáticas extremas, que parecem cada vez mais frequentes no Rio Grande do Sul, um estado historicamente vulnerável a eventos climáticos severos.