PF indicia Eduardo Braga, Jucá e Renan Calheiros por corrupção
Os senadores Eduardo Braga (MDB-AM), Renan Calheiros (MDB-AL), e o ex-senador Romero Jucá (MDB-RR) foram indiciados pela Polícia Federal (PF) sob a acusação de terem recebido propina para favorecer o grupo farmacêutico Hypermarcas, atual Hypera Farma, no Senado. O indiciamento foi divulgado nesta sexta-feira (20) pelo portal UOL, revelando que os parlamentares teriam recebido R$ 20 milhões da empresa em troca de apoio legislativo.
O esquema, segundo a investigação, envolveu a tramitação de projetos no Senado entre 2014 e 2015, incluindo propostas sobre incentivos fiscais para empresas. Além disso, Renan Calheiros teria indicado um nome para ocupar uma diretoria na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a fim de beneficiar diretamente a Hypermarcas junto à agência reguladora. As informações vieram à tona por meio de acordos de delação premiada firmados por executivos da empresa com a Procuradoria-Geral da República (PGR).
A investigação começou como um desdobramento da Operação Lava Jato, em 2018, e o relatório final do inquérito foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF) em agosto de 2023. O ministro Edson Fachin, relator do caso no STF, enviou a conclusão da PF à PGR, que agora deve decidir se apresentará denúncia formal contra os acusados.
A defesa de Romero Jucá declarou que repudia o indiciamento e afirmou que ele se baseia apenas nas declarações de um delator da Hypermarcas. Já os advogados de Eduardo Braga expressaram confiança de que o inquérito será arquivado. Até o momento, a defesa de Renan Calheiros e da Hypermarcas não se pronunciou sobre o caso.