Pressionado, Lula anuncia a criação da Autoridade Climática

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou nesta terça-feira (10) a criação da Autoridade Climática, um órgão que será responsável por cobrar das diferentes áreas do poder público o cumprimento das metas ambientais estabelecidas. A ideia de criar essa entidade surgiu durante a campanha eleitoral de 2022, mas até agora não havia sido implementada. Durante a transição de governo, cogitou-se que a atual ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, pudesse ocupar essa função, mas isso não se concretizou.

Em seu discurso em Manaus, durante um evento com prefeitos para discutir medidas de mitigação dos efeitos das secas na Amazônia, Lula explicou que a Autoridade Climática será fundamental para acelerar e expandir as políticas públicas voltadas ao enfrentamento dos riscos climáticos extremos. Ele também mencionou a criação de um comitê técnico-científico que dará suporte e ajudará na articulação das ações do governo federal.

Lula destacou a importância de proibir queimadas em períodos inadequados e a necessidade de valorizar quem preserva a floresta. Ele mencionou que incêndios florestais não são exclusivos de biomas como o Pantanal ou a Amazônia, mas que também têm ocorrido em outras regiões, como São Paulo, onde 45 cidades foram afetadas pelo fogo no mesmo dia. Segundo o presidente, esses incêndios são, muitas vezes, provocados por pessoas que agem de forma criminosa para destruir o meio ambiente.

O presidente também ressaltou a necessidade de punir aqueles que realizam queimadas ilegais e advertiu sobre os riscos que pequenos produtores rurais enfrentam ao tentar fazer queimadas em suas propriedades, pois essas práticas podem sair de controle e causar danos ambientais significativos.

Durante o evento, Lula enfatizou a importância de colaborar com os prefeitos, transformando-os em parceiros na proteção ambiental. Ele argumentou que os líderes locais devem sentir-se “cúmplices” na preservação da floresta e sugeriu que todos os prefeitos do país possam se beneficiar da proteção ambiental, reforçando a ideia de um desenvolvimento sustentável que não comprometa o meio ambiente.

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Bruno Rigacci

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