The Wall Street critica prisão de CEO do Telegram: “Censura”
O jornal The Wall Street Journal criticou a prisão de Pavel Durov, CEO do Telegram, na França, ocorrida no último sábado (24). Em um editorial publicado nesta terça-feira (27), o periódico questionou os motivos da detenção e levantou dúvidas sobre as práticas de censura na União Europeia.
O editorial expressou preocupações com a falta de transparência em torno da prisão de Durov e sugeriu que a detenção poderia estar relacionada a um suposto “regime de censura” europeu. O texto também destacou que reguladores europeus estariam tentando influenciar a eleição presidencial dos EUA, mas a administração Biden não teria respondido a esses movimentos.
Além disso, o editorial levantou questões sobre o apoio da Casa Branca às políticas de controle de conteúdo na internet adotadas pela Europa, temendo que o caso de Durov pudesse ser usado como um exemplo para promover ainda mais censura online.
Durov foi preso em meio a uma investigação francesa que o acusa de 12 crimes, incluindo envolvimento com o crime organizado, como pornografia infantil, tráfico de drogas e lavagem de dinheiro, alegadamente facilitados pela falta de moderação na plataforma do Telegram. A promotora de Paris, Laure Beaccuau, afirmou que a falta de controle sobre o conteúdo na plataforma seria a base das acusações.
Após a prisão, Durov foi impedido de deixar a França até o julgamento ser concluído. Ele foi liberado na quarta-feira (28) após pagar uma fiança de 5 milhões de euros (R$ 30 milhões), conforme reportado pela Reuters.