Câmara: Conselho de Ética aprova cassação de Chiquinho Brazão
Nesta quarta-feira (28), o Conselho de Ética da Câmara dos Deputados recomendou por 15 votos a favor e 1 contra a cassação do deputado Chiquinho Brazão (sem partido-RJ). A decisão foi tomada com base em alegações de condutas incompatíveis com o decoro parlamentar, relacionadas ao seu envolvimento no caso da morte da vereadora Marielle Franco (PSOL).
O deputado Gutemberg Reis (MDB-RJ) foi o único a votar contra a cassação, enquanto Paulo Magalhães (PSD-BA) optou por se abster. A relatora do caso, deputada Jack Rocha (PT-ES), destacou no seu relatório que há evidências “robustas” de irregularidades graves no mandato de Brazão, com base na conclusão da Polícia Federal (PF) e da Procuradoria-Geral da República (PGR) que o vinculam como um dos possíveis mandantes do assassinato de Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, em março de 2018.
Chiquinho Brazão, por sua vez, nega qualquer envolvimento e afirma ser “inocente”, alegando que Marielle era sua “amiga” durante o período em que ambos atuaram como vereadores na Câmara Municipal do Rio de Janeiro.
Para que a cassação de Brazão seja efetivada, a decisão do Conselho de Ética precisa ser aprovada pelo Plenário da Câmara dos Deputados, com o apoio de pelo menos 257 dos 513 deputados. Caso a decisão do Conselho seja ratificada pelo Plenário, ainda há a possibilidade de recurso à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara.