SP: Dois homens são presos por suspeita de incêndios criminosos

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), anunciou neste final de semana a prisão de duas pessoas suspeitas de envolvimento em incêndios criminosos no interior do estado. As prisões ocorreram em meio a uma onda de incêndios que vem assolando diversas regiões de São Paulo, resultando em recordes de queimadas.

Uma das prisões aconteceu em São José do Rio Preto neste sábado (24), e a outra, no domingo (25), em Batatais. Em Batatais, a Polícia Militar prendeu um mecânico de 42 anos no momento em que ele ateava fogo em uma área de mata próxima ao centro da cidade. O homem foi flagrado com uma garrafa de gasolina, um isqueiro e um telefone celular, onde foram encontrados vídeos nos quais ele comemorava incêndios de grandes proporções na região. O suspeito foi encaminhado ao Centro de Detenção Provisória de Franca e responderá por incêndio criminoso.

O estado de São Paulo vive um momento crítico em relação às queimadas. Entre o início do ano e 24 de agosto, foram registrados 5.278 focos de incêndio, o maior número desde 1998, quando o Programa Queimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) começou a monitorar esses eventos. Esse número já supera o total combinado de incêndios nos anos de 2022 e 2023, que somaram 3.265 focos.

Na sexta-feira (23), o estado registrou um recorde de 1.886 focos em um único dia, seguidos por mais 305 pontos no sábado (24). Esse aumento está relacionado à onda de calor e baixa umidade que atingiu o estado, fatores que contribuíram para a propagação rápida dos incêndios. A situação levou o governo estadual a decretar estado de emergência em mais de 30 cidades, com 17 municípios ainda apresentando focos ativos até a tarde de sábado.

Os incêndios já resultaram em duas mortes na região de Urupês, onde dois funcionários de uma usina morreram enquanto combatiam as chamas. Além disso, algumas rodovias que cortam o estado tiveram que ser parcialmente ou totalmente fechadas devido à proximidade das chamas, afetando a mobilidade e segurança da população.

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Bruno Rigacci

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