Maduro: Países rejeitam aval do TSJ; Brasil ainda não comentou
A recente decisão do Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) da Venezuela, que referendou a vitória do ditador Nicolás Maduro, foi amplamente rejeitada pela comunidade internacional. Os Estados Unidos, a União Europeia e dez países sul-americanos já manifestaram sua insatisfação, destacando a falta de credibilidade do processo eleitoral e o questionável resultado anunciado.
O governo dos Estados Unidos, através de seu porta-voz do Departamento de Estado, Vedant Patel, declarou que as provas disponíveis publicamente e verificadas de forma independente indicam que Edmundo Gonzalez foi o verdadeiro vencedor das eleições. O governo estadunidense enfatizou que a resolução da Suprema Corte venezuelana não tem legitimidade, dadas as evidências de que Gonzalez recebeu a maioria dos votos.
Na América do Sul, dez países emitiram uma nota conjunta, divulgada pelo Ministério das Relações Exteriores do Chile, expressando seu repúdio à decisão do TSJ. Esses países, juntamente com os Estados Unidos, pediram uma auditoria imparcial e independente dos votos, que leve em conta todos os registros para garantir o respeito à vontade soberana do povo venezuelano. Eles também expressaram preocupação com as violações de direitos humanos contra cidadãos que pacificamente exigem respeito ao processo democrático.
A União Europeia, por sua vez, também mostrou ceticismo em relação aos resultados eleitorais e afirmou que não reconhecerá o novo governo de Maduro sem acesso às atas eleitorais e comprovação dos resultados. Josep Borrell, alto representante da UE para Assuntos Exteriores, reforçou que o bloco exige provas verificáveis antes de reconhecer o governo.
Enquanto isso, o Brasil ainda não se pronunciou oficialmente sobre o assunto, mas espera-se que o Itamaraty se manifeste em conjunto com a Colômbia, dada a importância da questão para a estabilidade regional e as relações diplomáticas entre os países sul-americanos.