Incêndios interditam rodovias de SP; governo cria gabinete de crise
Os incêndios florestais que atingem a região de Ribeirão Preto, no interior de São Paulo, desde quinta-feira (22), continuam a causar grandes transtornos. Nesta sexta-feira (23), a situação se agravou quando a fumaça resultante das queimadas em matas e canaviais, exacerbada pela estiagem que já dura duas semanas, obrigou a paralisação do tráfego na Rodovia Armando de Salles Oliveira (SP-322), na altura do quilômetro 342, em Sertãozinho.
As chamas, intensificadas pela falta de chuvas, geraram uma fumaça escura e densa que se espalhou por várias cidades da região, incluindo Ribeirão Preto. Caminhões-pipa, viaturas de sinalização, equipes das usinas de cana-de-açúcar e o Corpo de Bombeiros uniram forças para combater o fogo. A concessionária Entrevias, responsável pela rodovia, informou que a fumaça e o fogo obrigaram o bloqueio da estrada, afetando os quilômetros 340 e 365, respectivamente, nos sentidos oeste e leste.
Para garantir a segurança dos motoristas, a Polícia Militar Rodoviária supervisionou o bloqueio, e os veículos foram desviados para rotas alternativas. Felizmente, não foram registrados acidentes ou congestionamentos significativos.
Além disso, outro incêndio foi relatado na Rodovia Carlos Tonani (SP-333), também em Sertãozinho, onde equipes da Defesa Civil, brigadistas e agentes da Secretaria do Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística estavam trabalhando para conter o fogo. A fumaça das queimadas chegou até Campinas, cerca de 100 quilômetros da capital paulista, onde moradores registraram o céu parcialmente coberto pela fumaça.
A gravidade da situação levou o governador Tarcísio de Freitas a determinar a criação de um Gabinete de Crise Emergencial, coordenado pela Defesa Civil de São Paulo, para lidar com os incêndios florestais que estão devastando essa parte do Estado. Na quinta-feira, um incêndio ao longo da Rodovia Raposo Tavares, em Rancharia, gerou uma densa nuvem de fumaça que prejudicou severamente a visibilidade na via, destacando ainda mais a urgência da crise ambiental na região.
A combinação de estiagem, queimadas e a rápida propagação do fogo representa um desafio considerável para as autoridades e moradores, que seguem enfrentando os impactos diretos e indiretos dos incêndios em suas rotinas diárias.