131 deputados assinaram pedido por impeachment de Moraes

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes está enfrentando uma crescente pressão de diversos deputados federais, com um pedido de impeachment em andamento. Até a noite de terça-feira (20), o pedido já contava com o apoio de 131 deputados, enquanto 287 parlamentares ainda não se posicionaram. Por outro lado, 96 deputados expressaram ser contrários à destituição do magistrado.

Esse movimento para o impeachment de Moraes ganhou força após uma série de revelações feitas pela Folha de S.Paulo, com base em mensagens vazadas que indicam que o ministro teria utilizado informalmente o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para fundamentar inquéritos do Supremo contra aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro. Essa situação intensificou a oposição a Moraes, especialmente entre os apoiadores de Bolsonaro e alguns setores do Congresso.

O senador Eduardo Girão (Novo-CE), um dos líderes desse movimento, afirmou que tanto a petição dos congressistas quanto um abaixo-assinado popular, que já superou a marca de 1 milhão de assinaturas na plataforma change.org, permanecerão abertos para novas assinaturas até o dia 7 de setembro, Dia da Independência. O objetivo é protocolar ambos os documentos no dia 9 de setembro.

O ministro aposentado do STF, Marco Aurélio Mello, criticou duramente a atuação de Moraes e expressou tristeza com o cenário atual. Ele destacou que o Judiciário é um órgão que deve atuar de forma inerte e independente, apenas agindo quando provocado. Marco Aurélio também criticou a forma como o inquérito das fake news foi instaurado, apelidando-o de “inquérito do fim do mundo” e ressaltando que ele começou de maneira equivocada, uma vez que foi instaurado pelo próprio Supremo, sem sorteio do relator, o que levou à escolha direta de Moraes por Dias Toffoli.

Esse cenário reflete a polarização crescente no Brasil, com o Judiciário, especialmente o STF, no centro de debates e controvérsias que envolvem questões de legalidade, liberdade de expressão e a atuação política de magistrados.

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Bruno Rigacci

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