Elon Musk tem assumido embates da direita em outros países; veja
O bilionário americano Elon Musk, dono da rede social X, continua a atrair controvérsias, não apenas no Brasil, mas ao redor do mundo, em especial por seus embates com autoridades e sua postura firme contra o que considera censura ou violações da liberdade de expressão.
No último sábado (17), a conta oficial do X anunciou o encerramento das operações no Brasil após o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, supostamente ter ameaçado a equipe da plataforma no país. Musk, ao compartilhar a nota, comparou Moraes ao vilão Voldemort da série “Harry Potter”. Esta não foi a primeira vez que o empresário ironizou o ministro, reforçando sua oposição às ações judiciais que considera arbitrárias.
Além do Brasil, Musk tem enfrentado críticas e confrontos em outras partes do mundo. Recentemente, ele entrevistou o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, marcando o retorno de Trump ao X após ser banido da plataforma por seu papel na invasão do Capitólio. Durante a conversa, Trump elogiou Musk e criticou a administração de Joe Biden, especialmente em relação às políticas de imigração e às guerras em Gaza e na Ucrânia.
Na Europa, o empresário também enfrentou pressão. O eurodeputado Sandro Gozi ameaçou fechar o X no continente se Musk não cumprisse as leis europeias. Gozi destacou que a violência online pode levar à violência offline e que as plataformas digitais devem moderar conteúdos de ódio. Isso ocorreu após Musk criticar Thierry Breton, membro da Comissão Europeia, por exigir que o X respeitasse a legislação local.
Musk também gerou controvérsia no Reino Unido, onde suas declarações sobre uma possível guerra civil, atribuída à “bandidagem da extrema direita” e à desinformação online, alarmaram o primeiro-ministro Keir Starmer. O governo britânico responsabilizou a disseminação de rumores falsos online, que culminaram em ataques contra imigrantes e mesquitas, após um ataque a faca que matou três meninas em uma aula de dança.
Na Austrália, Musk criticou uma decisão judicial que ordenava o bloqueio global de um vídeo mostrando um bispo sendo esfaqueado em Sydney. Sua resistência em cumprir a ordem judicial levou o primeiro-ministro Anthony Albanese a chamá-lo de “bilionário arrogante” que se considerava acima da lei.
No Brasil, Musk continua a ter Alexandre de Moraes como seu principal desafeto. No início do ano, ele divulgou os “Twitter files” para expor pressões de autoridades brasileiras sobre a plataforma. Na ocasião, Musk afirmou que Moraes deveria “renunciar ou sofrer um impeachment” e acusou o ministro de trair a Constituição e o povo brasileiro. Suas declarações foram amplamente compartilhadas por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro, consolidando sua posição como um crítico feroz das autoridades brasileiras.