Comitê Olímpico da Argélia nega que boxeadora seja transexual
Em meio à polêmica envolvendo a participação da boxeadora argelina Imane Khelif nas Olimpíadas, o Comitê Olímpico da Argélia (COA) negou que a atleta seja transexual e acusou veículos de imprensa estrangeiros de “difamação”. No entanto, o COA não explicou o motivo pelo qual Khelif falhou no teste de gênero no ano passado, nem detalhou suas condições biológicas.
Khelif e Lin Yu-ting, de Taiwan, foram desclassificadas no Campeonato Mundial Feminino em 2023 por não atenderem aos critérios de elegibilidade nos testes de gênero. A Associação Internacional de Boxe (IBA) excluiu as atletas após testes de DNA comprovarem a presença de cromossomos XY (masculinos).
Apesar disso, o Comitê Olímpico Internacional (COI) autorizou a participação de ambas as atletas nas Olimpíadas de Paris 2024, alegando que elas se enquadram nas regras estabelecidas. A IBA, por sua vez, suspendeu a organização de boxe em 2019 por suspeita de manipulação de resultados.
Na luta entre Khelif e a boxeadora italiana Angela Carini, esta última abandonou o ringue após apenas 46 segundos, alegando dores intensas no nariz após socos da adversária. A polêmica continua, e Khelif segue sendo um tema de debate nas Olimpíadas.