Nunes aponta revelia de Boulos e pede condenação em R$ 50 mil

A defesa do atual prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), entrou com uma ação por danos morais contra o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL) após o parlamentar acusá-lo de roubar e fazer esquemas na Prefeitura de São Paulo. A revelia ocorre quando o réu é citado, mas não se manifesta na ação para se defender dentro do prazo. Em nota, a assessoria do deputado federal afirmou que Nunes tenta censurá-lo para que a população paulistana não saiba “a verdade sobre os fortes indícios de corrupção” da atual gestão.

O advogado Amilcar Ribeiro, que representa Boulos, afirmou que o deputado foi citado em sua casa, onde já havia sido reiteradamente citado em outros processos promovidos pelo próprio autor. O aviso de recebimento positivo é datado de 11 de maio. Ribeiro também destacou que o prazo de resposta se esgotou, e o réu foi considerado revel, sem exceções ao efeito da revelia. Por decisão anterior, Boulos recebeu 15 dias para se manifestar a partir da citação.

Nunes processou Boulos por uma declaração dada ao podcast “Inteligência Ltda” em 8 de abril deste ano. Na ocasião, o deputado federal respondia sobre a tramitação no Congresso Nacional do projeto que proíbe as “saidinhas” de presos em regime semiaberto. Boulos afirmou que quem cometeu crimes violentos, como roubo, homicídio ou estupro, deve ir para a cadeia, mas ressaltou que isso não é cumprido com muitas pessoas, incluindo o prefeito de São Paulo.

Os advogados do prefeito argumentaram que Boulos declarou para milhões de pessoas que Ricardo Nunes rouba na Prefeitura de São Paulo, agravando a ofensa. A ação está na 19ª Vara Cível de São Paulo.

NOTA DA DEFESA DE GUILHERME BOULOS: A defesa do deputado se manifestará no processo. O prefeito Ricardo Nunes entrou com a ação inicial na Justiça para tentar censurar o deputado, mas Boulos continuará a defender sua posição. Dentre inúmeros casos, a gestão Nunes gastou mais de R$ 4 bilhões em obras sem licitação, com suspeita de superfaturamento, e tem contratos de mais de R$ 40 milhões, também sem licitação, com o padrinho da filha do próprio prefeito.

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Bruno Rigacci

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