Lula: “Ainda bem que Boeing teve desastre e não quis a Embraer”
Na segunda-feira (20), durante uma reunião com empresários do setor do aço, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) comemorou o que chamou de “desastre” ocorrido com a fabricante de aviões Boeing. Esse evento resultou no rompimento de uma grande negociação entre a empresa americana e a Embraer, a companhia brasileira de aviação.
O Negócio Anunciado e o Desfecho
Em 2017, a Boeing e a Embraer anunciaram um acordo no qual a gigante americana compraria 80% da área comercial da Embraer por 4,2 bilhões de dólares (R$ 21,4 bilhões). No entanto, em 2020, a Boeing desistiu da negociação. O motivo? A empresa americana enfrentava sérios problemas relacionados à queda de dois aviões 737-Max em um intervalo de cinco meses entre 2018 e 2019. Esses acidentes resultaram na trágica morte de 346 pessoas.
O Impacto nas Finanças da Boeing
A queda das aeronaves 737-Max levou a governos de todo o mundo a proibir sua operação, e companhias aéreas foram obrigadas a manter suas aeronaves em solo. Esses eventos afetaram significativamente as finanças da Boeing. Nos últimos cinco anos, a empresa acumulou perdas de 32 bilhões de dólares (R$ 163 bilhões).
A Reviravolta para a Embraer
Por outro lado, a Embraer, que antes estava à beira da falência, viu uma reviravolta em sua situação. Com o fim da negociação com a Boeing, a empresa brasileira voltou a ser uma “coqueluche” no mundo da aviação. Agora, ela tem a oportunidade de explorar outras parcerias e estratégias para fortalecer sua posição no mercado.
Em resumo, o “desastre” da Boeing teve impactos significativos tanto para a gigante americana quanto para a Embraer. Enquanto a primeira enfrentou perdas financeiras e desistiu do acordo, a segunda viu uma nova chance de crescimento e inovação. O cenário da aviação comercial continua a evoluir, e essas empresas estão no centro dessa transformação.