RS retira calamidade de cidade de prefeito que gravou Pimenta
O governo do Rio Grande do Sul atualizou a lista de municípios em estado de calamidade pública, excluindo Farroupilha, o que gerou uma reação do prefeito Fabiano Feltrin. Ele contestou a decisão e reafirmou o estado de calamidade em seu município através de um decreto local. A situação escalou para um confronto verbal com o ministro da Secom, Paulo Pimenta, após uma ligação gravada e divulgada nas redes sociais.
O decreto estadual diferencia entre calamidade e situação de emergência, com 366 cidades listadas, 320 em situação de emergência e o restante em calamidade pública. Farroupilha não foi incluída em nenhuma das categorias, apesar de ter sido parte da lista original de 265 municípios em calamidade.
A Prefeitura de Farroupilha comunicou que está em diálogo com a Casa Civil e as Defesas Civis estadual e nacional para esclarecer e contestar a decisão. A administração municipal sustenta que os danos sofridos justificam a manutenção do estado de calamidade.
O estado de calamidade pública permite ao governo tomar medidas excepcionais para socorrer a população e reconstruir infraestrutura essencial, enquanto o estado de emergência indica que o município pode reparar parcialmente os danos. O novo decreto considerou a evolução dos danos e prejuízos causados pelos eventos climáticos.
O embate entre o prefeito e o ministro reflete tensões sobre a alocação de recursos federais e a resposta do governo às necessidades dos municípios afetados pela tragédia climática, que impactou mais de 2 milhões de pessoas em todo o estado. A Defesa Civil reporta que milhares estão em abrigos ou na casa de conhecidos, evidenciando a gravidade da situação e a necessidade de assistência contínua.