Após reunião, Copom reduz taxa de juros para 11,25% ao ano

Economia

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) decidiu, nesta quarta-feira (31), reduzir mais uma vez a taxa básica de juros do Brasil, a Selic, em 0,5 ponto percentual. Com isso, o valor atual cai para 11,25% ao ano (a.a.). É o quinto corte seguido na Selic promovido pelo comitê.

A decisão foi unânime e foi justificada pela evolução do processo de desinflação, os cenários avaliados, o balanço de riscos e o amplo conjunto de informações disponíveis.

O Copom avaliou que o ambiente externo segue volátil, marcado pelo debate sobre o início da flexibilização de política monetária nas principais economias e por sinais de queda dos núcleos de inflação, que ainda permanecem em níveis elevados em diversos países.

Já em relação ao cenário doméstico, o conjunto dos indicadores de atividade econômica segue consistente com o cenário de desaceleração da economia antecipado pelo Copom. A inflação cheia ao consumidor, conforme esperado, manteve trajetória de desinflação, assim como as medidas de inflação subjacente, que se aproximam da meta para a inflação nas divulgações mais recentes.

O Copom também falou sobre fatores de risco para a inflação. Entre os que poderiam gerar alta estão “maior persistência das pressões inflacionárias globais, e maior resiliência na inflação de serviços do que a projetada em função de um hiato do produto mais apertado”. Já nos fatos que poderiam gerar baixa inflação estão a “desaceleração da atividade econômica global mais acentuada do que a projetada, e os impactos do aperto monetário sincronizado sobre a desinflação global se mostrarem mais fortes do que o esperado”.

O Copom entende que a decisão de reduzir a Selic em 0,5 ponto percentual é compatível com a estratégia de convergência da inflação para o redor da meta ao longo do horizonte relevante, que inclui o ano de 2024 e, em grau maior, o de 2025. Sem prejuízo de seu objetivo fundamental de assegurar a estabilidade de preços, essa decisão também implica suavização das flutuações do nível de atividade econômica e fomento do pleno emprego.

Com a decisão desta quarta-feira, o Copom sinaliza que novos cortes na Selic podem ocorrer nos próximos meses. A expectativa do mercado é que a taxa básica de juros encerre o ano em 8,5% a.a.

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