O governo federal gastou R$ 26,8 milhões em 2023 com reformas e a compra de novos móveis, materiais e utensílios domésticos para os Palácios Presidenciais: Planalto, Alvorada, Residência Oficial do Torto e Jaburu. É o maior valor já registrado para esse tipo de despesa, segundo levantamento do Estadão.
Entre os itens mais caros estão um tapete de R$ 114 mil para o Planalto, um sofá de R$ 65 mil para o Alvorada, escolhido pela primeira-dama Janja, e a troca do piso da Granja do Torto por um modelo “mais macio e confortável”, no valor de R$ 156 mil.
A Presidência da República justifica os gastos alegando que as peças adquiridas respeitam os padrões e referências dos Palácios oficiais e que integrarão o patrimônio da União. Afirma ainda que a modernização era necessária e que os móveis antigos estavam danificados.
No entanto, os altos valores geraram críticas. Há quem questione a necessidade de se gastar tanto dinheiro com itens de luxo, como um tapete de R$ 114 mil.
Outro ponto controverso é a compra de lençóis sem licitação, no valor de R$ 41.750. A Presidência diz que a dispensa de licitação foi necessária por se tratar de um item de uso pessoal da família presidencial.
Além das reformas e da compra de móveis, a Presidência também gastará R$ 182 mil em persianas e cortinas motorizadas e R$ 358 mil em árvores de Natal e arranjos de flores.
Os gastos milionários com os Palácios Presidenciais geraram polêmica e reacenderam o debate sobre o uso de recursos públicos.
