A foto do celular de Sergio Moro, divulgada na noite desta quarta-feira (13), causou grande repercussão nas redes sociais. Na imagem, o ex-juiz aparece recebendo conselhos de um contato salvo como “Mestrão”.
A troca de mensagens mostra que o assessor de Moro orienta o senador a não declarar voto em Flávio Dino, indicado para o Supremo Tribunal Federal (STF). “Não pode ter vídeo de você falando que votou a favor, se não isso vai ficar a vida inteira rodando”, diz o assessor.
Moro responde: “Blz [Beleza]. Vou manter meu voto secreto, é um instrumento de proteção contra retaliação”.
As revelações sobre Mestrão, que se chama Rafael Travassos Magalhães, também chamaram a atenção. Magalhães é funcionário do gabinete de Moro no Senado e, antes, trabalhou para o deputado estadual Ricardo Arruda (PL-PR).
Arruda é investigado por suspeita de “rachadinha” no Paraná. Em 2021, o Ministério Público do Paraná (MP-PR) pediu a prisão preventiva de Magalhães, mas a Justiça negou o pedido.
Após a divulgação da foto, Moro foi criticado por apoiadores e até mesmo por alguns de seus antigos colegas de Lava Jato.
O deputado Arruda, por sua vez, reagiu nas redes sociais, compartilhando a foto com a legenda: “A verdade sempre aparece! Vergonha!! Traidor!!”.
