Coronel Naime passa mal na prisão e recebe atendimento

Brasil

O coronel da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), Jorge Eduardo Naime Barreto, recebeu atendimento médico pela terceira vez nesta segunda-feira (27). Ele está preso há quase 300 dias por suposta omissão nos atos do 8 de janeiro.

Mariana Adôrno Naime, esposa do militar, disse que ele tem sofrido com “fortes dores na cabeça”, “dormência nos braços” e “vômitos”. Ela também contou que, nesta segunda-feira, o marido foi atendido na UPA de São Sebastião.

– Ontem [(27/11)], me ligaram do batalhão informando que ele foi levado ao hospital, depois de uma semana sem melhorar. Lá [na unidade de saúde] Naime tomou medicamentos e hoje está em observação. Estamos muitos preocupados com a saúde dele. São quase dez meses, ou 300 dias na prisão. A saúde dele não está boa, por isso entramos com pedido de revogação. Ele tem emprego fixo, tem residência fixa. Ele pode responder [ao processo] em casa, com uso de tornozeleira – falou Mariana.

Ainda segunda a esposa, a morte de Cleriston Pereira da Cunha, no último dia 20, durante banho de Sol na Penitenciária da Papuda, trouxe preocupação ao coronel.

– Ele ficou pensando que Cleriston tinha comorbidades semelhantes às dele e acabou morrendo na prisão. Em seguida, veio o aniversário dele. Tudo isso o desestabilizou emocionalmente. Desde então, o Naime parou de querer interagir, sair ou até solicitar um médico. Precisei ir lá [batalhão] conversar com ele. Estamos muito preocupados com a saúde do Naime, pois tudo isso é gatilho para infarto ou AVC – contou Mariana.

O coronel Naime foi preso em 7 de fevereiro, acusado de omissão nos atos do 8 de janeiro, quando apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro invadiram o Congresso Nacional, o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Palácio do Planalto. Ele era o comandante-geral da PMDF à época dos ataques.

A defesa do coronel Naime pediu a revogação da prisão preventiva, alegando que ele não representava risco à ordem pública e que a sua permanência na prisão poderia prejudicar a sua saúde. O pedido ainda está em análise pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT).

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