A advogada Rosana Rabelo, de São José dos Campos, interior de São Paulo, foi a conselheira tutelar mais bem votada do Brasil, recebendo 7.004 votos. No entanto, o Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA) decidiu impugnar sua candidatura.
A decisão foi tomada sob acusações de “abuso de poder religioso e político”. Dos 12 integrantes do CMDCA, pessoas indicadas pela prefeitura, sete votaram pela impugnação da candidatura de Rabelo, que se elegeu com pautas em defesa das crianças.
Rabelo diz que a razão foi o apoio de uma igreja da cidade e de um político, pois um pastor encorajou seus fiéis a participarem da eleição para o Conselho e um político endossou a candidatura da advogada.
Diante da decisão, a advogada ganhou apoio da sociedade e uma manifestação foi realizada na Câmara Municipal de São José dos Campos. A manifestação resultou na formação de uma frente de trabalho na qual os vereadores tentarão ouvir as partes para entender o que aconteceu.
O caso de Rosana Rabelo é um exemplo de como o exercício da democracia pode ser dificultado por interesses políticos e religiosos. A impugnação de sua candidatura é um ataque à vontade popular e à defesa dos direitos das crianças.
