Gás de cozinha supera recorde histórico de preço em 71 cidades

Economia

Segundo o Observatório Social do Petróleo (OSP), o preço do gás de cozinha ultrapassou em novembro a maior média nacional semanal do século, de R$ 113,66, registrada entre os dias 10 e 16 de abril de 2022. Na cidade de Tefé, no Amazonas, o botijão chegou a superar em quase 34% o recorde histórico, com o vasilhame de 13 quilos do Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) sendo comercializado a R$ 152, o preço mais caro do país.

A análise do Observatório mostra que seis das 10 cidades com preços mais elevados estão na região Norte, que é abastecida parcialmente pela Ream (Refinaria da Amazônia). A unidade de refino, que completa em dezembro próximo um ano de privatização, tem sido a recordista nacional dos combustíveis mais caros, segundo o OSP.

A alta nos preços do gás de cozinha é resultado de uma combinação de fatores, incluindo a alta do dólar, a guerra na Ucrânia e a privatização da Ream. O dólar valorizado encarece a importação de gás natural, que é usado na produção do GLP. A guerra na Ucrânia também contribuiu para a alta, pois a Rússia é um grande exportador de gás natural. A privatização da Ream, por sua vez, fez com que a refinaria passasse a praticar preços mais elevados, em busca de maior rentabilidade.

A alta nos preços do gás de cozinha tem um impacto significativo no orçamento das famílias brasileiras, especialmente das famílias de baixa renda. O GLP é usado para cozinhar, aquecer a água e aquecer os ambientes. A alta dos preços do gás de cozinha pode levar a uma redução no consumo desses itens, o que pode afetar a saúde e o bem-estar das famílias.

O governo federal tem tomado medidas para tentar conter a alta dos preços do gás de cozinha, como a redução do ICMS sobre o produto. No entanto, essas medidas ainda não foram suficientes para reduzir significativamente os preços.

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