Ministério da Justiça recebeu “dama do tráfico amazonense”

Política Nacional

A notícia de que Luciane Barbosa Farias, conhecida como “dama do tráfico amazonense”, participou de audiências com dois secretários e dois diretores do Ministério da Justiça em um período de três meses, levanta uma série de questões.

A primeira questão é a própria presença de Luciane no ministério. Ela é casada com Clemilson dos Santos Farias, o Tio Patinhas, que é considerado um dos maiores traficantes do Amazonas. O casal foi condenado em segunda instância por lavagem de dinheiro, associação para o tráfico e organização criminosa.

A segunda questão é o sigilo das visitas. O nome de Luciane não consta das agendas oficiais da pasta chefiada por Flávio Dino. Isso levanta a suspeita de que as visitas foram realizadas de forma clandestina ou que houve um esforço para ocultar a presença dela no ministério.

A terceira questão é o motivo das visitas. Não há informações públicas sobre o que foi discutido nas audiências. No entanto, é possível especular que Luciane possa ter procurado o ministério para tratar de assuntos relacionados à sua defesa ou à defesa de seu marido.

O Ministério da Justiça emitiu um comunicado sobre o caso, afirmando que as visitas foram realizadas em nome da Associação Nacional da Advocacia Criminal (ANACRIM). No entanto, o comunicado não explica por que Luciane, que não é advogada, estava presente nas audiências.

A situação é ainda mais delicada porque o Ministério da Justiça é responsável pela política de combate ao crime organizado. A presença de uma pessoa ligada ao tráfico de drogas no ministério pode ser interpretada como uma forma de legitimação da atividade criminosa.

É importante que as autoridades responsáveis esclareçam as circunstâncias das visitas de Luciane ao Ministério da Justiça. As respostas a essas perguntas serão fundamentais para avaliar se houve irregularidades ou não.

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