Milei gastou menos da metade que seus rivais nas primárias argentinas

Política Internacional

O candidato à presidência da Argentina Javier Milei gastou menos da metade que seus principais rivais, o peronista Sergio Massa e a macrista Patricia Bullrich, nas primárias de agosto, que definiram os candidatos que agora disputam o primeiro turno.

Segundo a Justiça Eleitoral argentina, Milei gastou 180 milhões de pesos (R$ 2,6 milhões no câmbio oficial). Patricia Bullrich gastou 506 milhões (R$ 7,3 milhões) e Sergio Massa, 480 milhões (R$ 6,95 milhões).

A Argentina elege neste domingo (22) o novo presidente, que assumirá um país em crise, onde a inflação galopante chega a quase 140% no ano, o dólar segue em disparada e a pobreza atinge 40% da população. Diante da crise e da frustração dos argentinos, o libertário Milei despontou como o favorito para assumir a Casa Rosada.

As regras de financiamento eleitoral na Argentina estão definidas desde 2019 em um projeto de lei que prevê o fundo público que divide metade da verba prevista de 5,250 bilhões de pesos (o equivalente a R$ 75,6 milhões) igualitariamente entre os partidos e a outra metade conforme as bancadas eleitas na Câmara dos Deputados na eleição anterior.

Já as doações privadas são limitadas conforme a etapa do processo eleitoral. Na Argentina, há três etapas: eleições primárias, primeiro turno e segundo turno.

Um dos principais doadores privados para a campanha de Milei nas primárias foi o empresário Sebastián Braun, dono da cadeia de supermercados La Anónima. Entre as empresas, a principal é a exportadora Franquimar.

Na campanha de Bullrich, os destaques são as grandes empresas, como o conglomerado financeiro Supervielle. Para os peronistas, os maiores doadores são construtoras e fábricas de sapatos.

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