Jair Bolsonaro diz que “aliados do Hamas e Hezbollah já estão aqui”
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) acusou, nesta quarta-feira (18), a esquerda brasileira de permitir a atuação de aliados do Hamas e do Hezbollah no Brasil. Em publicação no Twitter, Bolsonaro disse que “as peças se encaixam a cada dia” e que a “esquerda brasileira” não condena os atos terroristas desses grupos.
“Não há mais o que argumentar! Não trata-se mais de política quando se degolam crianças, estupram e assassinam mulheres e toda a esquerda brasileira não condena tais fatos”, escreveu Bolsonaro. “As derivações de toda a inércia no Brasil são claras. Aliados do Hamas e Hezbollah já estão aqui e alinhados com as facções engravatadas ou que fazem reféns nas favelas, causarão a destruição do Ocidente e a implementação do mal, e o pior, com o apoio de inocentes que serão as futuras vítimas ou com a influência dos canalhas que sabem o que estão fazendo.”
Bolsonaro também disse que os palestinos são “usados como reféns por terroristas do Hamas” e que a imprensa “acoberta toda essa situação”.
As declarações de Bolsonaro foram criticadas por especialistas em segurança e política internacional. O professor de Relações Internacionais da Universidade de Brasília, Fábio de Sá Barreto, disse que as declarações são “irresponsáveis” e que “alimentam o discurso de ódio”.
“Bolsonaro está fazendo uma acusação grave sem apresentar nenhuma evidência”, disse Barreto. “Ele está criando um clima de medo e paranoia que pode levar à violência.”
O ex-ministro da Justiça Sergio Moro também criticou as declarações de Bolsonaro. “É inadmissível que um ex-presidente faça acusações tão graves sem apresentar nenhuma evidência”, disse Moro. “Bolsonaro está colocando em risco a segurança do Brasil.”
O Hamas e o Hezbollah são grupos terroristas que são responsáveis por inúmeros ataques a civis. Esses grupos não representam o povo palestino, que busca uma solução pacífica para o conflito com Israel.
Ainda não há informações concretas sobre a possível presença de aliados do Hamas e do Hezbollah no Brasil. No entanto, as declarações de Bolsonaro trazem à tona um problema sério que o país enfrenta: o crescimento do extremismo religioso.