Boulos passa a criticar o Hamas, mas ainda responsabiliza Israel

Política Nacional

O deputado e pré-candidato à Prefeitura de São Paulo, Guilherme Boulos (PSOL-SP), alterou seu discurso em relação aos ataques do Hamas ao território israelense e destacou que o grupo terrorista não representa o povo palestino. Essa mudança no tom ocorreu dois dias após a saída de Jean Gorinchteyn, coordenador do programa de saúde da pré-campanha de Boulos, devido à falta de postura firme do deputado em relação ao ataque terrorista.

Boulos adotou um tom mais incisivo em suas declarações, afirmando que nada justifica o assassinato de civis inocentes e destacando que o Hamas não representa o conjunto do povo palestino. No entanto, ele também criticou as ações do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, que, segundo Boulos, agravaram o conflito por meio de atitudes de violência contra os palestinos e o descumprimento de acordos internacionais.

Essa mudança de posicionamento de Boulos ocorre após críticas por não ter mencionado o grupo extremista em sua primeira manifestação sobre o atentado no sul de Israel. Nas redes sociais, ele expressou sua condenação aos ataques violentos a civis de ambos os lados do conflito e defendeu uma solução pacífica baseada no cumprimento do direito internacional e das resoluções de paz.

Após a manifestação inicial de Boulos, Jean Gorinchteyn, que é judeu, criticou o pré-candidato por não condenar explicitamente o Hamas e deixou a pré-campanha do deputado, destacando seu compromisso com o apoio a Israel e a condenação de ataques terroristas contra civis em qualquer lugar do mundo. Esse episódio evidencia a complexidade das questões relacionadas ao conflito Israel-Palestina e como elas podem gerar divisões e debates mesmo em contextos políticos locais.

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