A dívida pública bruta do Brasil é uma preocupação crescente, de acordo com projeções do Fundo Monetário Internacional (FMI). O FMI prevê que a dívida pública bruta do Brasil continuará a crescer nos próximos anos, atingindo 88,1% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2023. Essa estimativa representa um aumento significativo em relação aos 85,3% do PIB registrados em 2022.
Além disso, o FMI projeta que o endividamento brasileiro continuará a aumentar nos próximos cinco anos, atingindo a marca de 96% do PIB em 2028. Vale ressaltar que o instituto estabeleceu 2028 como o limite para previsões.
Essas estimativas preocupantes fazem parte do Monitor Fiscal do FMI, um dos relatórios que a instituição planeja divulgar durante o encontro anual com o Banco Mundial, que será realizado em Marrakesh, no Marrocos.
O FMI expressa ceticismo em relação ao novo arcabouço fiscal implementado no Brasil, sugerindo que ele não será suficiente para conter o aumento da dívida pública. Isso levanta questões sobre a sustentabilidade das finanças públicas no país e os desafios que o governo brasileiro enfrentará para administrar sua dívida e manter a estabilidade econômica.
Uma análise comparativa entre 36 nações emergentes revela que a dívida do Brasil ocupa a terceira posição em termos de tamanho, empatando com a Ucrânia. Essa alta dívida é parcialmente justificada no caso da Ucrânia devido à guerra com a Rússia. No entanto, o Brasil fica atrás apenas do Egito e da Argentina em termos de dívida em relação ao PIB. A Argentina enfrenta uma severa crise econômica, enquanto o Egito também enfrenta desafios econômicos significativos.
Essas projeções do FMI destacam a importância de políticas econômicas responsáveis e estratégias para lidar com o aumento da dívida pública, a fim de garantir a estabilidade financeira e promover o crescimento sustentável no Brasil. O governo brasileiro enfrentará desafios significativos para gerenciar sua dívida e tomar medidas para controlar seu crescimento nos próximos anos.
