CPMI do 8/1 rejeita convocação de coordenador da Força Nacional

Política Internacional

A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro rejeitou, nesta terça-feira (3), a convocação do coronel Sandro Augusto de Sales Queiroz, comandante do Batalhão de Pronto Emprego da Força Nacional durante as invasões aos prédios dos Três Poderes em Brasília. A decisão foi acompanhada por comemorações da base governista, enquanto a oposição expressou descontentamento.

Os parlamentares da oposição haviam tentado votar a convocação do coronel Sandro para depor perante a comissão nas últimas semanas. O presidente da CPMI, deputado federal Arthur Maia, surpreendeu ao colocar a votação em pauta durante um tumulto entre os parlamentares. Com 14 votos contrários à convocação e 10 a favor, a solicitação foi rejeitada, e o coronel não será ouvido pela comissão.

A decisão foi seguida de aplausos de parlamentares da oposição, incluindo a deputada Jandira Feghali, o senador Randolfe Rodrigues e o deputado Duarte Júnior. Por outro lado, a base governista comemorou a rejeição da convocação.

A oposição argumenta que o Ministro da Justiça, Flávio Dino, foi omisso ao não acionar a Força Nacional para conter as invasões aos prédios públicos. Além disso, questiona se houve uso adequado do efetivo durante os eventos.

A base governista, por sua vez, argumenta que a autorização para a atuação da Força Nacional cabia ao governo do Distrito Federal. Eles também expressam o desejo de ouvir o general Walter Braga Netto, ex-ministro do governo de Jair Bolsonaro. No entanto, o depoimento do general foi adiado duas vezes, e a CPMI afirmou que só o ouvirá se algum representante da Força Nacional for convocado, o que ainda não aconteceu.

Na próxima quinta-feira (5), está previsto o depoimento do subtenente Beroaldo José de Freitas Júnior, do Batalhão de Policiamento de Choque da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF). Este depoimento pode ser um dos últimos antes do encerramento da CPMI, marcado para o dia 17.

A CPMI do 8 de Janeiro continua a ser um ponto de foco e discussão, pois investiga os eventos ocorridos em janeiro de 2021, quando apoiadores do então presidente Jair Bolsonaro invadiram o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal em Brasília.

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