Fufuca, que já apoiou Bolsonaro, chama Lula de “gigante”

Política Nacional

O novo ministro do Esporte, André Fufuca, assumiu seu cargo em uma cerimônia de posse realizada na última quarta-feira (13). Em um discurso emotivo, Fufuca fez questão de destacar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva como um “gigante da história” e um “líder maior”. Essa cerimônia de posse, que ocorreu em um contexto político e social altamente polarizado, marcou um momento importante na trajetória do governo de Lula.

Fufuca, em seu discurso de posse que durou cerca de 13 minutos, não poupou elogios a Lula. Ele pediu que o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, transmitisse uma mensagem ao presidente ausente, expressando sua admiração e confiança.

“Que ele [Lula] preserve e reserve um pedaço grande dele para o Fufuca. Porque eu tenho certeza que, com essa parte do coração dele, que é muito grande, nós vamos revolucionar o esporte no país”, declarou Fufuca, evidenciando sua determinação em promover mudanças no setor esportivo brasileiro.

Fufuca não parou por aí em seus elogios ao presidente Lula. Ele enfatizou a importância histórica do ex-presidente, afirmando que apenas alguns indivíduos podem ser chamados de “personagens maiores que seu tempo”, e Lula é indiscutivelmente um deles. O novo ministro expressou sua crença de que, sob a liderança de Lula, o Brasil pode se tornar um país com dignidade, soberania, unidade e uma democracia forte e plena.

Além disso, Fufuca aproveitou a oportunidade para mencionar a ex-ministra Ana Moser, que foi demitida de seu cargo para dar lugar à sua nomeação como ministro do Esporte. Ele destacou sua admiração pela ex-jogadora e enfatizou que seu compromisso se estende a todos os programas em todas as áreas do esporte.

Embora Ana Moser não estivesse presente na cerimônia de transmissão de cargo, Fufuca recebeu o “pin” (broche) de novo ministro do Esporte das mãos do governador do Maranhão, Carlos Brandão, do partido PSB, e do ministro da Justiça, Flávio Dino.

A cerimônia de posse contou com a presença de vários ministros do governo de Lula, incluindo Alexandre Padilha (Relações Institucionais), Flávio Dino (Justiça), Waldez Goés (Desenvolvimento Regional), Luciana Santos (Ciência e Tecnologia), Nísia Trindade (Saúde), Jader Filho (Cidades), Luiz Marinho (Trabalho), Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário) e Juscelino Filho (Comunicações).

A nomeação de André Fufuca como ministro do Esporte resultou de uma negociação que se estendeu por aproximadamente dois meses entre o governo e o partido Progressistas (PP). Inicialmente, o partido pleiteou o Ministério da Saúde, mas o presidente Lula optou por manter Nísia no cargo.

Com apenas 34 anos, Fufuca é o ministro mais jovem da Esplanada dos Ministérios. Ele já serviu em três mandatos como deputado federal e era líder da bancada do PP na Câmara antes de assumir o cargo de ministro. Em seu discurso, ele pediu um voto de confiança e enfatizou que gostaria de ser julgado por sua gestão, não por sua idade, preconceitos ou nome.

Vale ressaltar que Fufuca é aliado do presidente da Câmara, Arthur Lira, e chegou a ocupar interinamente a presidência do PP enquanto o presidente do partido, Ciro Nogueira, foi ministro da Casa Civil no governo Bolsonaro.

No entanto, é interessante notar que André Fufuca também demonstrou apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro durante a campanha de 2022. Em setembro, durante uma visita de Bolsonaro ao Maranhão, Fufuca elogiou o então presidente da República e afirmou que estava pedindo votos para quem considerava correto.

Essa nomeação e o discurso de posse de André Fufuca mostram o cenário político em constante evolução do Brasil e como as alianças e opiniões podem se transformar ao longo do tempo. O novo ministro do Esporte, ao enaltecer Lula e expressar apoio a Bolsonaro em momentos distintos, destaca a complexidade da política brasileira e a importância de adaptar-se às mudanças e desafios do momento presente. Agora, o país observará de perto as ações de Fufuca no Ministério do Esporte e como elas contribuirão para o desenvolvimento do esporte no Brasil sob a liderança do presidente Lula.

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