PGR “engrossa” denúncia contra 31 investigados pelo 8/1; entenda

Política Nacional

A Procuradoria-Geral da República (PGR) anunciou nesta segunda-feira (11) uma importante atualização na denúncia apresentada ao Supremo Tribunal Federal (STF) relacionada aos acontecimentos de 8 de janeiro. Além dos quatro crimes pelos quais os investigados já haviam sido denunciados após sua detenção em um acampamento diante do Quartel-General do Exército em Brasília, a PGR agora também busca que eles se tornem réus por sua suposta participação na depredação de prédios públicos na Praça dos Três Poderes.

Os acusados, cuja participação nos atos de vandalismo foi confirmada por laudos periciais produzidos pela Polícia Federal (PF), podem enfrentar cinco acusações caso o pedido da PGR seja aceito pelo Supremo. Estas acusações incluem associação criminosa, abolição violenta do estado democrático de direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e deterioração de patrimônio tombado.

Durante o decorrer das investigações, foram coletadas 1.388 amostras biológicas de homens e mulheres que foram detidos no sistema penitenciário do Distrito Federal. Essas amostras foram comparadas com as impressões digitais encontradas nos objetos pessoais largados durante a depredação do Palácio do Planalto, do Congresso e da sede do STF.

Entre os itens encontrados pelos peritos da PF durante os atos, estavam meias, camisas, toalhas de rosto, batom, barras de metal, garrafas de água, latas de refrigerante, bitucas de cigarro e marcas de sangue. O subprocurador da República Carlos Frederico Santos, responsável pela investigação, enfatizou que as evidências apontam claramente para o envolvimento dos acusados na execução dos crimes multitudinários.

Na próxima quarta-feira (13), o STF iniciará o julgamento dos primeiros acusados de participação nos atos radicais, lançando luz sobre um caso que tem gerado grande repercussão tanto dentro quanto fora do Brasil. A decisão do Supremo será crucial para determinar como o país lida com crimes dessa magnitude e a possível responsabilidade dos envolvidos nos distúrbios de 8 de janeiro.

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