Na última quinta-feira, 7 de setembro, o Ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a soltura de Max Guilherme Machado de Moura, ex-segurança e assessor do ex-presidente da República Jair Bolsonaro (PL). Max Guilherme estava detido desde 3 de maio e era alvo de investigações relacionadas à inserção de dados falsos no cartão de vacina do ex-presidente. Essa investigação faz parte da mesma operação que levou à prisão do ex-ajudante de ordens da Presidência, Mauro Cid.
A notícia da soltura foi confirmada pelo advogado Admar Gonzaga, que representa Max Guilherme no processo. Segundo o advogado, não havia mais justificativa para a manutenção da prisão, embora as investigações ainda estejam em curso, indicando que novos desenvolvimentos podem ocorrer.
É importante ressaltar que a decisão de Moraes não é pública, e o processo corre em sigilo. De acordo com o advogado, a decisão foi emitida na quarta-feira, 6 de setembro, e a soltura de Max Guilherme ocorreu efetivamente no dia seguinte, com a imposição de tornozeleira eletrônica.
Max Guilherme teve um passado como sargento da Polícia Militar do Rio de Janeiro e desempenhou funções de segurança para Jair Bolsonaro durante seu mandato como presidente. Ele era frequentemente visto ao lado do ex-presidente em interações com apoiadores no Palácio da Alvorada. Além disso, Max foi candidato a deputado federal pelo Rio de Janeiro nas eleições do ano passado, mas não conseguiu se eleger.
Juntamente com Max, Mauro Cid e outro assessor de Bolsonaro, Sergio Cordeiro, foram presos no mesmo dia. A Polícia Federal alegou a existência de um suposto esquema de fraude em carteiras de vacinação que teria beneficiado o ex-presidente, sua filha Laura e aliados.
O suposto objetivo dessa fraude, de acordo com as investigações em curso, era obter vantagens indevidas em situações que exigissem comprovação de vacinação contra a Covid-19, como em viagens internacionais. O desenrolar dessas investigações continuará sendo acompanhado de perto, à medida que novos detalhes surgirem no processo.
