O Banco Central (BC) divulgou nesta sexta-feira (25) que o Brasil atraiu um total de 4,244 bilhões de dólares (equivalente a R$ 20,6 bilhões) em investimento estrangeiro direto (IED) durante o mês de julho deste ano. No entanto, esse valor representa uma diminuição significativa de 41% em comparação com o mesmo período do ano anterior.
De acordo com as informações fornecidas pelo BC, no último mês o país recebeu 3,531 bilhões de dólares (R$ 17,17 bilhões) em investimentos de capital e mais 713 milhões de dólares (R$ 3,47 bilhões) provenientes de operações de empréstimo concedidas por empresas matrizes às suas subsidiárias ou filiais estabelecidas no Brasil.
O acumulado dos primeiros sete meses de 2023 revelou um fluxo de investimento estrangeiro direto no montante de 33,609 bilhões de dólares (R$ 163,44 bilhões), representando uma queda de 31,2% em relação ao mesmo período no ano anterior, quando o volume de investimento alcançou 49,191 bilhões de dólares (R$ 239,22 bilhões).
No que diz respeito a uma perspectiva mais ampla, considerando os últimos doze meses, o investimento estrangeiro direto correspondeu a aproximadamente 3,54% do produto interno bruto (PIB) do Brasil. Esse índice supera ligeiramente o valor registrado no período imediatamente anterior, que foi de 3,38% do PIB.
Apesar da diminuição no investimento estrangeiro direto, o Brasil conseguiu aumentar suas reservas internacionais em 1,9 bilhão de dólares (R$ 9,24 bilhões) entre junho e julho. Atualmente, as reservas internacionais do país somam cerca de 345,5 bilhões de dólares (R$ 1,68 trilhão).
A queda no investimento estrangeiro direto durante julho pode ser resultado de diversos fatores econômicos e geopolíticos que influenciam o apetite por investimentos externos. Essa dinâmica destaca a importância de medidas que estimulem a confiança dos investidores e fomentem um ambiente favorável para a entrada de capital estrangeiro, contribuindo para o desenvolvimento econômico sustentável do Brasil.
